As famosas estátuas da Ilha de Páscoa, no Chile, correm o risco de desaparecer. Devido à ação dos liquens, vários buracos e rachaduras são cada vez mais frequentes e começam a deformar as estruturas.
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Atentos a realidade, restauradores do tradicional instituto de Florença Lorenzo de Medici conceberam uma maneira de salvar as faces gigantes de pedra. O projeto foi apresentado no último dia 12 de maio para o Ministro da Cultura, Arte e Patrimônio do Chile, Consuelo Valdés Chadwick.
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O representante chileno recebeu em primeira mão os resultados obtidos com o projeto piloto de restauro de quatro das 1.042 estátuas. As pesquisas começaram há 7 anos, quando o italiano Lorenzo Casamenti e professores da Universidade de Santiago se juntaram para analisar os liquens.
“Percebemos que o estrago na rocha era ainda mais sério. Fizemos o diagnóstico e começamos a terapia em quatro das estátuas”, explica Casamenti, que encabeça o projeto. “O tratamento surtiu efeito. As peças tratadas estão em perfeitas condições, mas existem pelo menos umas 60 que precisam de ação imediata.”
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Se aprovado pelas autoridades chilenas e pelos representantes do Parque Nacional Rapa Nui, o restauro das estátuas pode começar de forma oficial em setembro.
“Nossa intervenção é absolutamente livre. A intenção é treinar restauradores locais para que possam continuar com a preservação das estátuas em pedra Toba”, justifica Casamenti.